MORADIA
Conceição Maciel
Capanema-Pa
Chuva que molha meu pranto
Meu eterno e saudoso recanto
Onde moras menina sem manto
Que molhas sem dó o meu canto
Meu aconchego de amor e encanto?
Chuva que toca com pingos
Meu rosto sereno e respinga
Na alma suave dessa menina
Que chora sem canto e sem rima
E ela admira essa linda obra prima.
Chuva de prosa e verso
Que rima com boa conversa
Na varanda contando ao inverso
As histórias tomadas dos versos
E recontadas em prosa e verso.
Chuva, chuva, suave senhora
Não cansas de me molhar?
Será que para outra não olhas?
Queres comigo morar?
Por que tanta demora em ficar?
Chuva que fez moradia
Que chora de noite e de dia
Suave e por vezes irradia
Em cântaros e em harmonia
Não vá, chuva da minha alegria.
*Poetisa titular da Cadeira de n°10 da Academia Capanemense de Letras e Artes- ACLA
MARIA
Quando eu me despedir
noite não era dia
e o rosto de Maria
Veio
em minha companhia
O meu Deus era meu guia
Eu não esquecia Maria
E todas as noites ou dia
Nos caminhos onde eu ia
Se ouvia ladainhas
Eu me lembrava Maria
E sua
lembrança trazia
Cantigas lá de MATINHA
E a saudade que eu tinha
Era lembrar de Maria
É se poemas fazia
Seu nome aparecia
E as letras se reluziam
E escreviam MARIA.
E é por isto amigo
Que vivo nesta agonia
Lembrando eternamente
De minha amada Maria
23.25 em 30.12
Poeta Manoel Câmara , membro fundador da AMCAL
À tardinha
À tardinha
Ao por do sol
Fico a observar
Teu jeito faceiro
De me hipnotizar
E passa por mim
Deixando o teu cheiro no ar
É um faz de conta
Mas sei que você também está
Querendo um beijo
Com sabor de carinho
Abraço docinho
Para se lambuzar.
Nilde Serejo