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Em 1º de setembro de 1925, Viana perdia o maestro Miguel Arcanjo Dias, que estava prestes a completar 54 anos. Nascido em 29 de setembro de 1871, deixou como legado uma trajetória essencial para que a cidade conquistasse o título de “Cidade dos Músicos”.
Pai da violinista América Dias, Miguel residia em um sobrado na Praça da Matriz – hoje desaparecido – onde também funcionava sua escola de música. Foi ali que, com dedicação e generosidade, ensinou gratuitamente gerações de jovens vianenses.
Entre seus alunos destacam-se figuras de grande prestígio, como Dilú Melo e Zé Piteira – este último também fundador de escola em Viana – além de Onofre Fernandes, Solan Nunes e João de Parma.
Versátil, o maestro dominava todos os instrumentos e chegou a manter sua própria banda. Também reuniu um rico acervo de partituras, parte do qual foi preservada pelo padre João Mohana e hoje está sob a guarda do Arquivo Público do Estado, à disposição de pesquisadores e amantes da música.
Apesar de sua importância histórica e cultural, Viana ainda não prestou ao maestro Miguel Dias a devida homenagem por tudo o que fez em prol da tradição musical da cidade.